Identificação e Enquadramento

Designação do projeto: EscarpArte: Sentir as Escarpas da Serra de Passos/Santa Comba. Uma viagem de sete mil anos*

Código do projeto: PV20-00060

* https://fundacaolacaixa.pt/documents/387763/702467/concurso-promove-resultados-concurso-2020-2021.pdf 

Objetivo principal: O EscarpArte é um projeto que tem como objetivo disponibilizar ao público a maior concentração de pintura esquemática da Pré-história recente em Portugal, uma herança cultural única com potencial de relevância turística no contexto regional e nacional. Conseguir este objetivo implica, por um lado, trabalhar os públicos, implementando ações de formação dirigidas aos mais novos e aos mais velhos (incluindo a comunidade local); por outro, organizar a narrativa em soluções inovadoras que levem o público a conhecer, sentir e proteger este património. O desenvolvimento de uma solução inovadora de interpretação e preservação digital do património arqueológico resulta assim do cruzamento do conhecimento através da elaboração de trabalhos arqueológicos e modelização 3D, da produção de narrativas adequadas, e da preparação dos sítios para serem visitados, criando um percurso de visitação que cative o visitante/turista a querer conhecer uma realidade arqueológica irrepetível, num contexto geológico e paisagístico igualmente excecional.

Região de intervenção: Norte de Portugal

Entidade(s) beneficiária(s)
MORE – Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação – Associação (Líder de projeto)
Município de Mirandela
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Unidade Orgânica da Universidade do Porto)
Grupo Dryas – Octopetala, Lda

Data de aprovação: 2021-04-01
Data de início: 2021-07-01
Data de conclusão: 30-09-2024

Investimento total elegível: 201 018,00€
Investimento elegível MORE CoLAB: 56.060,01€
Apoio financeiro da União Europeia: 105.733 €

  • 1. Realizar o primeiro estudo arqueológico dos abrigos com recurso à digitalização
  • 2. Visualizar por realidade aumentada como eram os abrigos e a pintura esquemática, no quadro da geomorfologia, da geologia e da paisagem
  • 3. Sensibilizar para a importância fundamental deste património e da sua preservação
  • 4. Demonstrar que os recursos culturais e naturais são importantes fatores de desenvolvimento territorial do interior e incentivos para a criação de dinâmicas económicas
  • 5. Trabalhar soluções de governança e de planeamento de ações de salvaguarda do património arqueológico em potenciais situações de risco
  • A1 – Gestão e Monitorização do Projeto
  • A2 – Coordenação Científica dos trabalhos arqueológicos
  • A3 – Mapeamento
  • A4 – Levantamento Digital 3D e multiespectral
  • A5 – Trabalhos de Arqueologia por Meio de Escavação
  • A6 – Conservação e Valorização Arqueológica
  • A7 – Processamento, Estudo, Análise de Materiais e Informação
  • A8 – Implementação do Percurso de Visitação
  • A9 – Desenho do Plano de Mitigação
  • A10 – Plano de Educação Patrimonial
  • A11 – Digitalização da experiência
  • A12 – Comunicação e Publicação de Resultados
  • Mapeamento (incluindo georreferenciação dos abrigos e pinturas);
  • Prospeção multiespectral para estudo, salvaguarda e preservação do corpus artístico neolítico da área de intervenção;
  • Integração de dados num modelo digital tridimensional;
  • Produção de conhecimento inexistente sobre os conjuntos artísticos da Pré-história através de fac-símiles digitais que permitam recuperar informação a escalas infra milimétricas, em bandas de radiação para lá do espectro da luz visível, ou mesmo medir outros parâmetros físicos (ex.: a cor, temperatura, etc.) e determinar a composição química dos materiais;
  • Atualizar e aprofundar os trabalhos de escavação (iniciados na década de 80) em consonância com a legislação portuguesa em matéria de conservação do património arqueológico;
  • Criar percursos de visitação sinalizados, com informação acessível;
  • Criar conteúdos digitais para visitação virtual e “in loco”;
  • Desenvolver um Plano de Formação dirigido a três grupos: a comunidade escolar (programa educativo), a comunidade local (ações de sensibilização para a preservação) e a comunidade de estudantes de ensino superior de cursos relacionados com o turismo e o património, em particular, os da Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança (seminários e visitas).