No passado mês de julho estivemos na Grécia a avaliar as experiências turísticas e criativas do Festival COME&SEE, a convite do Observatório de Turismo da Universidade de Coimbra.
A Associação de Desenvolvimento Local de Kavala, Município Grego, foi promotora do Festival COME&SEE, que nos passados dias 23 e 24 de julho, deu lugar na pequena aldeia costeira de Moustheni. Um Festival de cooperação internacional, que reuniu vários países vizinhos da região dos Balcãs, tais como a Bulgária, a Roménia e a Turquia, e que durante aqueles dias apresentaram experiências gastronómicas e uma série de performances de danças e música tradicional, promovendo a partilha cultural entre estes países. O projeto do Festival, financiado pelo Programa LEADER, tinha também como objetivos, para lá da cooperação, implementar experiências de turismo criativo, de modo a criar momentos de maior interação e participação com o público e atratividade turística, trazendo maior dinâmica socioeconómica às zonas rurais. Neste sentido, através do Observatório de Turismo Criativo – Creatour, do Centro de Estudos da Universidade de Coimbra, liderado pela investigadora Nancy Duxbury, o grupo de trabalho de Património, Turismo e Bem Estar do MORE CoLAB foi convidado a participar na organização de um workshop criativo para os organizadores do festival.
Durante dois dias após a realização do festival, os participantes no workshop de turismo criativo foram convidados a refletir de forma interativa sobre o modelo de planeamento e a forma em como decorreram as atividades de cooperação cultural durante o festival, permitindo-lhes refletir sobre outros modelos de implementação de turismo criativo, que melhor respondam aos objetivos que pretendem alcançar, em festivais futuros.
O workshop resultou em importantes conclusões sobre até que ponto o turismo criativo, nas suas diversas dimensões, foi alcançado pelas atividades do festival COM&SEE e sobre como melhorar a integração do turismo criativo em futuros festivais, bem como estruturas inovadoras para promover a sustentabilidade do festival a longo prazo e a melhor integração de um amplo leque de participantes.
Para o MORE CoLAB, esta foi uma experiência que reforça a sua capacidade de cooperação nacional e internacional no âmbito de projetos de património, turismo e bem-estar.
Por: Patrícia Cordeiro